Descrição
“Mãe é mãe, paca é paca. Mulher é tudo vaca.” O refrão da turma do
Casseta e Planeta reforça a tese igualmente bem-humorada da escritora
Laura Zigman. Em A lei da fazenda, seu livro de estréia, ela faz uma
divertida ironia da mania – ou clichê – que o homem tem de trocar a
atual mulher por outra. Ao analisar o comportamento amoroso masculino,
ela cria a “Teoria da Vaca Nova”, que mistura pensamentos de Darwin,
Freud e argumentos pseudocientíficos. Laura Zigman encontrou uma forma
diferente de discutir um tema antigo: a guerra dos sexos. Ao mesmo
tempo, conseguiu fazer humor sarcástico, ao melhor estilo Woody Allen. A
lei da fazenda conta a história da apresentadora de televisão Jane
Goodall (curiosamente homônima de uma especialista em chimpanzés), que
se apaixona por Ray, um jovem produtor executivo, bonito e aparentemente
solitário, como Jane. Depois de alguns meses de romance, ele dá o fora,
ignora os telefonemas e se transforma em mais um amor não
correspondido. Recém-chegada à casa dos 30, Jane resolve então
transformar sua dor-de-cotovelo numa pesquisa científica. Vai morar com
Eddie Alden, um mulherengo típico, especialista em fugir de
compromissos, que se encaixa perfeitamente em sua estratégia. Com Eddie,
ela vive as experiências planejadas, ou seja, as agruras da mulher que
vai ser inevitavelmente trocada por outra. E colhe um conjunto de
teorias que envolve homens, mulheres, bichos, a Teoria da Evolução e
discursos de auto-ajuda. Escolada e articulada, Jane Goodall se
credencia a assinar uma coluna de conselhos sexuais numa revista
masculina. A situação de Jane e Eddie inspira a analogia que permeia
toda a história: o homem é como o touro, que sempre opta por uma vaca
nova.