Descrição
Em 1836, uma multidão destruiu o cemitério do Campo Santo em Salvador.
Inaugurado três dias antes, ele fora construído por uma empresa que
obtivera do governo o monopólio dos enterros na cidade. Até aquela data,
as pessoas eram enterradas nas igrejas, costume considerado essencial
para a salvação das almas. A revolta contra o cemitério foi feita por
centenas de manifestantes em defesa de uma vida melhor no outro mundo.
Para entender tão extraordinário episódio – que ficou conhecido como
revolta da Cemiterada – o historiador João José Reis realizou uma
primorosa pesquisa, que revela, com riqueza de detalhes e acurada
sensibilidade intelectual, as atitudes de nossos antepassados em relação
à morte a aos mortos. Prêmio Jabuti 1992 de Melhor Ensaio e Biografia