Descrição
Os estatutos e os rituais da Franco-Maçonaria medieval – que se enraíza
na tradição das corporações dos pedreiros, construtores de catedrais –
atestam seu espírito cristão e a vontade de admitir em sua classe os
respeitosos artesãos da moral e dos dogmas da Igreja Católica Romana.
Sendo assim, como tal instituição pôde merecer uma excomunhão fulminante
por parte do papa Clemente XII? Esse livro é o resultado de um extenso
estudo histórico, baseado em várias fontes documentais do século XVIII
divididas em arquivos e bibliotecas européias e latino-americanas, que
revela a Franco-Maçonaria das Luzes tal qual ela era realmente, não como
quiseram vê-la a partir do século XIX ou ainda como alguns a apresentam
hoje em dia. Após pesquisar arduamente os Arquivos Secretos do Vaticano
e de toda a Europa, o autor relata a extrema complexidade das relações
entre a Igreja e a Maçonaria e as motivações políticas das primeiras
condenações pontifícias, analisando a maneira pela qual as teses
abusivamente simplificadas sustentam a excessiva desconfiança e oposição
do Catolicismo em relação a uma sociedade fraternal, cujos integrantes,
na maior parte, jamais pensaram em conspirar para a ruína do trono e do
altar. A leitura dessa obra ajuda a esclarecer e compreender a situação
da Franco-Maçonaria Européia antes e durante a Revolução Francesa com
uma perspectiva nova e abrangente. Seu surgimento veio da “necessidade
de exprimir e consagrar, em um plano científico, uma fase característica
da história político-eclesiástica do século XVIII, e um aporte a mais
para ajudar a compreender e a esclarecer um dos problemas cuja revisão
envolve ao mesmo tempo a Igreja e a ciência histórica”