Descrição
No tomo I, o autor propõe, em seus oito capítulos, um debate com a filosofia dos princípios proposta por Maine de Biran, com os escritos filosóficos de Michel Henry, com os escritos psicanalíticos de Laplanche, com a obra de Hannah Arendt, com outros autores da filosofia crítica, como Habermas e Axel Honneth, com Emmanuel Renault, com a ergonomia, entre outros. Dejours pretende ir às raízes de seu pensamento para propor uma consolidação das bases epistemológicas da psicodinâmica do trabalho. No tomo II, encontra-se uma síntese inicial do tomo I e, ao longo dos sete capítulos que o compõem. A obra propõe uma discussão sobre a subjetividade e o trabalho, um debate com Freud sobre as questões do trabalho ordinário e as possibilidades de emancipação, propostas sobre a civilização e a importância das atividades deônticas, sobre a questão da organização do trabalho, sobretudo no que diz respeito às possibilidades e à natureza da cooperação, à centralidade do trabalho para o desenvolvimento da cultura e, por fim, à importância dos espaços de deliberação no trabalho. Uma reflexão sobre a necessidade de recuperar o espaço da política, de trazer para o centro da discussão o fato de que a ação no mundo é ação política, o que nos traz grande alento ao repatriar para o debate no mundo da produção a relevância de se conhecer os princípios que motivam a ação humana, bem como de se criar espaços de deliberação, espaços públicos, para a ação na polis, a ação política.