Descrição
Neste romance, a tarefa de Júlia Hehl, alter ego de Márcia Denser, é
contar a saga familiar dos Hehls, ao mesmo tempo que reconstrói o mito
seminal da inimizade fraterna – Caim e Abel, aqui representados por
Júlia e Amanda. ‘Caim’ traz um texto muito mais descritivo,
impressionista, antes um painel de vozes, sombra, crepitações, não
preocupado com a fabulação. Uma história cuja estrutura se constrói com a
linguagem, e vice-versa. O personagem principal desse livro é a
linguagem. A fragmentação literária de sua construção, inspirada na
técnica narrativa de Mario Vargas Llosa, dá ao romance a forma de um
mosaico.