Descrição
A discussão de conceitos como vanguarda e pós-moderno ganha, para o espanhol Eduardo Subirats, uma dimensão às vezes esquecida. Ele aponta como as vanguardas, radicais em suas propostas, gradualmente perderam seu poder de contestação e subversão tornando-se um “ritual tedioso e perfeitamente conservador” (página 1). A energia renovadora e o radicalismo inicial das vanguardas, portanto, seria progressivamente “domesticado”.
O pensador espanhol considera, com certo exagero, que “a expansão dos poderes técnicos da indústria” (página 2) está associada à fome, à miséria e a um “processo destrutivo de culturas históricas, de potencialidades artísticas e de comunidades tradicionais”