Descrição
Het-Ka-Ptah: “A Terra do Corpo Sutil de Ptah”, ou simplesmente Egito,
como a maioria conhece aquela terra mística e distante, da qual hoje só
restam o nome e as ruínas. A maior parte do que a moderna erudição
conhece do Egito antigo (especialmente do período anterior a Alexandre
Magno e à dinastia dos Ptolomeus) baseia-se principalmente em suposição e
opinião, apesar de a arqueologia ter-se transformado em ciência e
abandonado sua fase romântica da “Belle Époque”. Ptah: o deus do fogo.
Por que deram os egípcios à sua terra o nome do deus do Fogo e da
Alquimia, o mesmo Hefaístos dos gregos? Toda uma civilização milenar
voltada para a religião e para a morte e a vida além-túmulo. A religião
como alquimia do corpo de carne em corpo de energia sutil, espiritual;
daí o deus do fogo e da alquimia, pois o fogo material e o fogo sutil
são a ferramenta da transmutação. Osíris, o deus que é desfeito e
recomposto, é o próprio homem-alquimista; o ideal da transmutação da
matéria que do nascimento levamos gradualmente e se desfazer na morte,
rumo à verdadeira vida, a do espírito. O leitor tem em mãos um
verdadeiro guia para entender a alma desse povo hoje extinto e daí
talvez tentar depreender algo de útil para sua própria transmutação.
Impossível partir para o futuro sem se apoiar na tradição. Sendo talvez,
a última colônia dos atlantes, conservando tradições anteriores ao
Dilúvio e provavelmente um dos poucos monumentos restantes daquela
época, a pirâmide de Quéops, devemos meditar sobre esse povo não tanto
como esclarecedor de civilizações suas descendentes, mas como uma última
“civilização-museu” de um passado tão remoto que se torna inaceitável
para as atuais opiniões científicas e preconceitos culturais.