Descrição
Como o próprio Borges declarou no epílogo de O fazedor, trata-se de seu
livro mais pessoal, porque cada peça que o compõe nasceu de uma
verdadeira necessidade interior. E, de fato, há vários textos e poemas
em que o homem Borges se faz presente, como quando fala de sua cegueira,
em “O fazedor” e no “Poema dos dons”. Por outro lado, o livro é uma
espécie de miscelânea de contos, ensaios e poemas líricos. Quando foi
publicado em 1960, o traçado aparentemente aleatório de seus passos dava
a exata imagem do autor, que sempre apreciou os livros que podem ser
abertos em qualquer página sem causar decepção. Esses textos curtos, de
grande complexidade e força imaginativa, admiravelmente bem escritos em
sua concisão, foram incluídos pelo crítico Harold Bloom em seu cânone da
literatura ocidental.