Descrição
Charles Arrowby, um semideus do teatro – encenador, dramaturgo e actor –
retira-se um dia do seu brilhante mundo londrino para “renunciar à
magia e tornar-se um eremita”. Passa a viver numa casa isolada na costa
diante de um mar turbulento e plúmbeo, transparente e opaco, mágico e
maternal. Ali espera, pelo menos, conseguir evitar “as mulheres” – mas
eis que, inesperadamente, encontra uma por quem esteve apaixonado há
muitos anos. Chega também o seu primo budista, James, e outros
visitantes. A solidão de Charles acaba habitada pelo drama das suas
fantasias e obsessões, envoltos no ciúme, inveja, verdade e compaixão.
Iris Murdoch nasceu em Dublin, em 1919, de pais anglo-irlandeses.
Frequentou a Badminton School, em Bristol, e estudou literatura clássica
na Universidade de Oxford. Fez uma pós-graduação em filosofia em
Cambridge sob a orientação de Wittgenstein e, a partir de 1948, ensinou
esta disciplina em Oxford, cidade onde viveu a maior parte da sua vida.
Em 1956 casou-se com John Bayley. Escreveu ensaios filosóficos, peças
teatrais, poesia e vinte e seis romances, onde é clara a influência de
questões da filosofia moral. Em 1974 foi-lhe atribuído o Whitbread Prize
para “A Máquina do Amor Sagrado e Profano”, e em 1978 o Booker Prize a
“O Mar, o Mar”. Morreu a 8 de Fevereiro de 1999 e é hoje considerada a
mais original escritora britânica da sua geração.