Descrição
Heládio Marcondes Pompeu, membro da aristocracia decadente paulista,
está perto dos cinqüenta anos e coleciona uma série de experiências
profissionais malogradas. Apesar disso, ainda dispõe de alguma reserva
financeira, o que lhe permite ser operado num confortável hospital.
Internado, alterna momentos de sono e vigília, suas conjecturas avançam e
recuam e se misturam a recordações e delírios de forma aparentemente
confusa, às vezes enigmática, e quase sempre engraçada. A dor lhe aguça a
percepção da realidade e Heládio enxerga, subitamente, as
transformações urbanas de São Paulo; depois, revê a história da família e
acontecimentos pessoais ocorridos durante o regime militar. Crítica
social demolidora.