Descrição
Um painel satírico e devastador na derradeira obra-prima de um dos
mestres da prosa americana Romance inacabado de Scott Fitzgerald, O
último magnata demonstra que poderia ter sido, apesar de sua brevidade e
ausência de conclusão, a real obra-prima do autor de outro romance
central da literatura norte-americana, O grande Gatsby. Acompanham as
cerca de 60 mil palavras do rascunho as notas em que Fitzgerald
formulava sua narrativa, minuciosamente coletadas pelo crítico e
ensaísta Edmund Wilson, também autor do primoroso prefácio. Conforme
Wilson observa em seu excelente ? embora breve ? prefácio, o mandachuva
Monroe Stahr, centro da trama de O último magnata, é o personagem mais
bem concebido de Scott Fitzgerald. ?Suas anotações sobre o personagem
mostram como Fitzgerald conviveu com Stahr por três anos ou mais,
amadurecendo as idiossincrasias da figura e reconstituindo sua rede de
relacionamentos nos vários departamentos da indústria do cinema.? Desde o
começo, Scott Fitzgerald escreveu sobre os objetos e as pessoas que ele
conhecia de perto. Seus primeiros textos eram triviais, e como os
jovens sobre quem ele escreveu, ele mesmo foi um sujeito desgovernado,
guiado pelas sensações em um fluxo de vazios que o levava a nada. Mas
desde o princípio suas percepções eram agudas, seu dom com as palavras
era inato, sua imaginação era rápida e poderosa. Há vitalidade em cada
linha que escreveu. Mas ele teve de confrontar seus próprios valores
antes que pudesse propriamente fazer o trabalho para o qual havia sido
talhado ? e o processo pegou pesado em sua carga de vitalidade. A
carreira de Fitzgerald é uma história trágica, mas o epílogo é melhor do
que poderia ter sido. E é pelo que fez que será lembrado