Descrição
Hélio de Seixas Guimarães procura, neste livro, enfrentar algumas
questões que ainda hoje, passado quase um século da morte de Machado de
Assis, permanecem presentes nos estudos sobre sua obra. Na passagem do
século XIX para o XX, a população alfabetizada do Brasil correspondia a
18% do total, dos quais apenas 2% eram capazes de ler livros. A quem os
narradores machadianos, em sua quase obsessão de diálogo com o leitor,
se dirigiam é a questão que Hélio enfrenta neste livro. A figura do
leitor na produção ficcional de Machado é o assunto central do estudo,
buscando estabelecer conexões entre o diálogo com o leitor no plano
ficcional, e o embate histórico do escritor com seu público. O estudo é
acompanhado de uma reunião de textos publicados na imprensa brasileira
por ocasião da edição dos nove romances de Machado, mostrando a recepção
da crítica “no calor da hora”.