Descrição
Este livro faz uma abordagem de questões ligadas à Arte Contemporânea por via das instabilidades, das rupturas, das mudanças, do movimento, ou seja, a arte em sua variação contínua, como multidão de modos. Pensa-se cada trabalho, cada conjunto de obras, cada artista como “chance única”, acontecimento singular, portanto parte-se sempre dos agenciamentos em que se encontra, das relações a que faz parte, pois a obra de arte age diretamente sobre nós, é um grau de intensidade. Uma obra de arte é algo que existe em si mesmo, não precisando se remeter a nada fora dela, pois ela tem que ter a potência de produzir algo no espectador, diretamente. Portanto, propomos pensar a arte como “uma arte afetiva”, um composto de perceptos e afectos. Entender a arte como afetiva é buscar na obra as potências que a atravessam, pensar os impulsos que movem o artista, esse desejo de quebrar as formas, de revelar as forças da natureza, de tornar visíveis, sonoras, tangíveis as essências cativas dos corpos, que só podem ser expressas pela linguagem, pela arte.